24 de jan. de 2010

such a chill...

O coronel vive na sua velha casa, na companhia da sua mulher, doente asmática, e aguarda desde há longos anos pela chegada de uma carta que lhe anunciará a tão ansiada pensão, recompensa dos muitos anos de guerra. Semana após semana o coronel prepara-se solenemente e, orgulhoso, espera eternamente pela chegada da carta e pelo cumprir da promessa. Todos na localidade sabem que a espera será em vão, até mesmo ele próprio.Mas fecha os olhos à realidade, agarra-se ao sonho e recusa-se a desistir. É a única coisa que lhe resta.

Estou fechando meus olhos pra realidade, dizem que o amor é a melhor estratégia, mas eu não estou conseguindo nada através dele, mas apesar de tudo ainda continuo buscando meu equilíbrio, afinal ele depende do que soubermos e quisermos enxergar. Sou tão fútel e medíocre as vezes, eu poderia ser muita mais feliz do que geralmente me permito ser, mas tenho medo do preço que posso pagar por pensar assim. Sou covarde, sou também transição e processo. E isso me pertuba!

A maturidade está me ensinando coisas boas, mas nem sempre aprendi bem a lição... espero que quando eu estiver mais velha, ela me ensine ainda mais e me deixe mais 'receptiva'. Quando eu era pequena, eu gostava de ficar sozinha, quieta e desenhando no chão da casa da minha avó, nunca brinquei de bonecas ou com minhas amigas da rua. Hoje em dia, temo esse 'ficar sozinha', talvez porque o denominam como 'isolamento'.

Perder dói...
Não há como não sofrer, é muita tolice. A dor chega a ser importante, fazendo com que surja uma força; por mais estranho que seja, o mesmo sofrimento que me derruba me faz voltar a crescer, ou seja, estou me permito sofrer, mas é melhor ninguém interferir, apenas atenda aos meus chamados, e me faça acreditar que você esta do meu lado.

Permitam-me o luto no período sensato. Me ajudem não interferindo demais. Até aceito o telefonema, a visita e o abraço, mas por favor... não me peçam alegria sempre, isso não é um dever... e estou perdendo minha ilusão, vou perder um amigo, e logo mais perderei minha saúde.

Então, por um momento, uma semana, um mês ou mais... me deixem sofrer.

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